A DISMENORREIA é uma dor cíclica e/ou recorrente na zona pélvica ou abdominal inferior associada à menstruação.
A sua prevalência varia entre 43%-93% e é causa de absentismo escolar e laboral em mulheres jovens.
Na dismenorreia primária não existe doença pélvica, pode iniciar-se horas antes do fluxo menstrual, sendo mais intensa nos primeiros 2-3 dias da menstruação e pode associar-se em náuseas, vómitos e diarreia. Tem o seu início 6-12 meses após a primeira menstruação.
A dismenorreia secundária está associada a uma patologia pélvica, como endometriose, miomas, quistos, por exemplo, e normalmente surge após 30 anos de idade, sendo uma dor persistente /crónica durante toda a menstruação e/ou entre menstruações associa-se a outros sintomas como dispareunia (dores na relações sexuais), menorragia (perda excessiva de sangue).
Fisiologicamente, a dor é devida ao excesso de prostaglandinas, substâncias produzidas pelo nosso organismo em diferentes tecidos, e que a nível uterino aumenta a contracção uterina e
reduz o fluxo sanguíneo promovendo o aparecimento de dor isquémica, contudo novos estudos indicam uma relação entre a dismenorreia e alterações da coluna e do tecido muscular e ligamentar lombar-pélvico.
O sistema ginecológico está conectado com as estruturas em seu redor através de um sistema de ligamentos, fáscias e músculos.
Por isso, alterações do alinhamento lombar-pélvico podem aumentar a tensão dos tecidos moles desta região produzindo alterações posicionais do útero e de outros órgãos pélvicos.
Os mesmos estudos demonstram que existe uma associação entre pacientes com escoliose, lordose lombar, diminuição da força dos músculos abdominais profundos e dismenorreia primária, estando por isso comprovado o beneficio da terapia manual na diminuição das dores menstruais.
Também no caso de dismenorreia primária, está provado que a manipulação osteopática é um excelente adjunto no seu tratamento e prevenção, conforme indica este estudo.
Assim, se tem dor associada à fase menstrual, saiba que, apesar de ser frequente, não é necessáriamente normal e pode ser prevenida ou tratada.
Consulte o seu osteopata.
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